Night Shift

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# Sejam Bem-Vindos ao Night Shift!

Cidade de Lisboa, Portugal. Ano de 2032. As coisas não mudaram tanto assim, apenas o cenário, apenas as imagens que passam paralelas as verdades que acontecem. Os leigos alheios aos acontecimentos, isentos de culpas e deveres. Mas, quando aquilo que pode ser uma ameaça para alguns está perdida pelo mundo sem destino ou razão. a esmo podendo está diante de um humano desavisado, para outros a mesma coisas pode significar o início da salvação de uma raça ameaçada e caçada eternamente por gerações. Você irá se importar com alguma dessas coisas? Ou será apenas mais uma pessoa vivendo a sua vida esperando que tudo se resolva, ou, tudo se acabe??
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# Data: Março de 2032
# Local: Lisboa, Portugal
# Temperatura: 26º
# Clima: Noite de céu limpo, brisa suave e clima agradável sem previsão de chuva...
# Lua: Crescente
# Sugestões de Ações:
- Person envolvidos diretamente na Trama Central : Parque Florestal Monsanto ; Pensão da Cidade ; Galpão abandonado
- Outros: Fiquem antentos a RP da trama central, você pode ser escolhido em breve. Qualquer outro lugar sem envolvimento direto com a trama.
# Duração do periodo: Indeterminado!


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REFORMULAÇÃO DO FORUM
(ex Orbis non Sufficit)
Agradecimento especial aos players que fazem isso aqui ser tão importante pra nós. - Fotos tiradas de vários lugares, mas principalmente do deviantart. - Todos os direitos reservados à Staff.

Recuse imitações. o NS é nosso, se copiar qualquer coisa sem antes ao menos pedir nossa autorização é PLÁGIO... E plágio é crime, hein?
Se copiar vai ser #umaputafaltadesacanagem e eu vou teperseguiratéoinfernoporra! xingar muito no Twitter!

bricadeira, mas aviso dado. Depois não diz que eu não avisei.


Night Shift - Turno da noite © 2009-2010

2 participantes

    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite

    John Deckard
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    Caçadores
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    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Empty Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite

    Mensagem por John Deckard Sex Jun 11, 2010 2:39 pm

    26.03.2032 - Noite.
    Bar - Café - #005
    things he says, things in his head.


    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Ta5uf6

    Depois de um encontro matutino desagradável com um credor, as coisas voltaram a normalidade. Um café, um cigarro, uma campana sem sucesso. Tentei ligar para Jimmy algumas vezes, o meu informante desinformado, aquele bastardo sumira do mapa desde o início do mês e agora eu começava a achar que tinha mesmo algo errado. Esperava que ele não tivesse sido comido ou estivesse enterrado por aí, queria ter o prazer de meter-lhe uma azeitona na testa eu mesmo.

    Voltei ao meu apartamento quando a noite começava a cair, era hora de trocar a munição, a noite as coisas são diferentes e era a parte que eu mais gostava. Tirei do bolso a garrafa achatada e meio curva de rum, eu tinha tirado um pouco do bar do Warren, era a única coisa decente que ele tinha para ser roubada. Entrei no apartamento de tamanho claustrofóbico e não demorei muito a sair. Me senti o maldito senhor das moscas no curto tempo em que estive lá. O cheiro horrível de morte havia tomado o lugar e mesmo estando familiarizado com aquele odor, não o suportei por muito tempo, fui expulso as pressas.

    Minha mão foi novamete à maçaneta enferrujada e tomei ar antes de abrir a porta e dar os primeiros passos na direção do monte de moscas que se amontuavam sobre o que me parecia os restos de alguém no meio da minha sala. Puxei a barra do casaco e tampei o nariz, fazendo pressão para que o cheiro não conseguisse passar. Era insuportável, de fato. Mas que merda é essa...?

    Minha testa estava enrugada e meus lábios curvados demonstravam para as paredes meu desgosto. A senhora Mills me encheria por meses se sentisse aquele fedor e eu estava com o aluguel atrasado, não seria bom tê-la na minha porta por mais um motivo. Eu tinha que dar um jeito naquilo...e rápido. Me aproximei do corpo, me ajoelhando do lado esquerdo da massa escura e meio disforme, parecia estar em decomposição, mas não estava lá de manhã quando saí obviamente.

    Peguei a revista velha sobre a mesinha de madeira comida perto do sofá de dois lugares mal conservado, a enrolei e usei como espátula. Comecei afastando as malditas voadoras do local, uma pasta escura estava grudada no que deveria ser a pele do fulano, eu sabia que era um homem, embora não parecesse. Os olhos estavam abertos e eles me confirmaram o palpite que tive assim que abaixei ao lado daquela aberração; era Jimmy.

    Lamentei pelo pensamento da manhã. Era melhor que ele estivesse enterrado ou houvesse sido comido por aí, qualquer coisa era melhor do que tê-lo naquelas condições em minha sala. A capa suja do sofá serviu de lençol, cobri o corpo com moscas e tudo, o sal grosso da cozinha foi espalhado ao redor dele, joguei alcool. - Nem morto voce me dá sossego seu desgraçado. Vai em paz. - Antes de jogar o fósforo sobre o cadáver, acendi um cigarro.

    As chamas foram rápidas e odor de carne queimada começava a tomar o apartamento. Abri as janelas, que eram poucas, mas nem todo Bom Ar do planeta poderia melhorar aquele fedor. O sal não deixaria que o fogo se espalhasse mais do que deveria, era um incêndio controlado, mas meu tapete tinha se ferrado nessa brincadeira. Não havia nenhum sistema contra fogo naquele prédio caindo aos pedaços, mas eu não queria tocar fogo em toda a minha pouca mobília, quando já estava carbonizado e em menor tamanho, o suficiente para entrar em um saco de lixo de 20 litros, joguei água.

    A carne queimada e retorcida não me incomodava, o cheiro, que agora estava mais para um churrasco em horário incomum, já havia se tornado suportável. O que me incomodava era o que estava acontecendo. Porque aquela porcaria toda estava na minha sala? Desci as escadas estreitas e com piso se desmanchando com o saco na mão e um cigarro entre os lábios. Não queria estar lá quando a velha Mills encontrasse a fonte do fedor. Joguei os restos de jimmy na lixeira mais próxima e segui para o bar, precisava pensar e isso significava uma bebida. Além disso, o Jimmy merecia um trago.

    Entrei fazendo o tipo low profile, sentei ao balcão e pedi um whisky duplo. O barman já me conhecia, um olhar e ele deixou a garrafa, seria uma noite longa. Meus olhos fitavam meu reflexo no espelho a minha frente, por trás das prateleiras de bebidas e outras porcarias que serviam para incrementar o ambiente. Era um recado. Alguém me dizia que sabia quem eu era, onde estava e que poderia me pegar quando quisesse. Isso era claro, só faltava descobrir quem havia mandado o recado.


    Última edição por John Deckard em Qua Jun 23, 2010 6:41 pm, editado 1 vez(es)
    Zachary Herszman
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    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Empty Re: Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite

    Mensagem por Zachary Herszman Sáb Jun 12, 2010 5:21 pm

    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Zac01

    Em determinado tempo de minha existência - e obviamente quando falo nisso, quero dizer como vampiro - eu fui um cara um tanto desmiolado. Em minha descobertas de como meus poderes de vampiro funcionavam, eu passei... certas linhas. Perdi as contas de quantos corpos tive de me desfazer, depois de intermináveis noites de caçada. Eram tempos gloriosos, mágicos. A juventude vampírica somada à gama de poderes que eu tinha em minhas mãos.

    Mas, é claro, sempre há os estraga-prazeres. Caçadores, os malditos descendentes de Tobia e seus informantes. Eu conheci desde cedo a fama destes em caçar à minha espécie, e após alguns problemas, eu passei a ser mais... precavido.

    E justamente um destes informantes vinha me importunando, já há algumas semanas. Meses talvez, se eu não o houvesse notado antes. Confesso que nas primeiras noites, foi um tanto divertido despistá-lo, enganá-lo com informações falsas e constatar o quão insistentes são essas criaturas.

    Mas a brincadeira já tinha deixado de me divertir. Isso depois que eu descobri para quem esse maldito trabalhava. Haviam alguns comentários mais temerosos acerca desde maldito descendente para quem esse informante trabalhava. Então, foi minha vez de caçar informações do informante. E, confesso, não foi assim tão difícil descobrir onde o homem passava suas noites de descanço. O restante do processo foi bem mais divertido.

    Em uma noite, eu mesmo o visitei. Ao contrário de para quem este trabalhava, o informante parecia bem menos precavido. Nenhum cuidado quanto a visitas indesejadas. Talvez jamais tenha imaginado que uma de suas caças se voltasse contra ele, e eu sabia que ele observava outros vampiros além de mim. Os outros eram um idiotas, coisa que eu não era.

    E, foi exatamente a expressão de surpresa estampada no rosto do homem que me deu essa resposta. Um misto de terror e espanto. Ok, eu devia ser mesmo assustador, mas aquele homem não sabia nem a metade do que eu era capaz. Ou talvez soubesse, ele parecia um homem bem informado. O mais interessante em todo o meu processo de persuasão era que ele era realmente um trabalhador leal: Mesmo com toda a minha pressão para descobrir mais sobre para quem ele trabalhava, ele nada me informara de útil. A única coisa que eu sabia era como chamar o futuro defunto: Jimmy.

    Bom, logo ele não era mais capaz de falar nada, nem mesmo se quisesse. Quando a brincadeira deixou de ser interessante, drenei-lhe o sangue e permaneci ali sentado, diante do corpo arrebentado e definitivamente morto de Jimmy. Só então ergui as mãos e vasculhei os bolsos do homem, apanhando uma carteira, um celular e um bloco de papel. E ali eu colhi mais informações do que Jimmy ou quaisquer boatos seriam capazes de me dar. Um nome, um número de celular, dois endereços. Um deles provavelmente provisório, afinal, esses descendentes de Tobia eram bastante precavidos. O outro tinha uma breve anotação, marcada como 'Bar Cafe'.

    Mas, eu já tinha um remetente para minha entrega. Um sorriso cresceu em meus lábios enquanto eu apanhava o corpo e saía do quarto do homem.



    26.03.2032 - Noite.
    Bar-Café - #002

    O corpo humano era mesmo curioso. Era incrível a velocidade com que, no momento em que a vida deixava de pulsar de seus órgãos, a natureza começava seu papel. A decomposição. Uma verdadeira, e desagradável, obra da natureza. Alguns dias mantendo aquele corpo guardado, e o cheiro já era realmente insuportável. Mortos definitivamente não eram algo com que eu me divertia ao lidar, mas fazia parte do recado que eu tinha para dar.

    Apanhei o corpo, guardando-o em um saco preto e pondo-o em um dos ombros, sentindo o volume se desfazer durante meu trajeto. Aquilo era realmente desagradável, eu precisaria de um longo banho pra me livrar daquele maldito cheiro de defunto. Mas eu tinha o endereço em mãos, e não levei muito tempo até estar diante da construção que minha anotação indicava. Um velho prédio, eu consideraria uma perfeita espelunca, com algumas luzes acesas nas diversas janelas. Entrei sorrateiramente, uma vez que não havia ninguém a vista para me atrapalhar. Quanto à porta, esta não era exatamente um problema.

    O lugar era definitivamente uma espelunca, era a certeza que eu tinha quando me vi dentro do apartamento. Haviam alguns odores curiosos no lugar, mesmo com todo o fedor que eu trouxera comigo. Tratei de me livrar de uma vez do maldito corpo, jogando-o ali mesmo no centro da sala de estar, onde afinal é onde deviam ficar as visitas. Livrei o que restava do velho Jimmy da sacola e fiz uma careta de desagrado ao me deparar com aquele amontoado de carne em decomposição. O cheiro era realmente insuportável, portanto dei-lhe as costas de imediato, fechando a porta atrás de mim e amenizando um pouco o cheiro da morte em minhas narinas.

    Seria muito mais divertido que eu pusesse um bilhete, ou um memorando, para aquele que receberia minha encomenda, mas eliminei essa possibilidade. Tudo teria seu tempo, e eu sabia muito bem com o que estava lidando. E não estava em meu plano subestimar um daqueles malditos. Então tudo o que fiz foi voltar e me livrar daquele cheiro horrível de minhas vestes.

    Já era noite feita quando tornei às ruas. Não perdi muito tempo ao me alimentar, pois já tinha um novo objetivo. Começava a imaginar o que meu cuidadoso caçador estaria pensando com a entrega que eu lhe fizera. Bom, era a hora de descobrir.

    O aparelho de celular do querido Jimmy estava em um de meus bolsos, apanhei-o e enviei uma mensagem de texto curta para o único contato que havia no aparelho: John.

    "Boo!" - era tudo o que havia na mensagem. Mas uma coisa era clara para mim. Ele saberia que o culpado a havia mandado. E estava próximo.
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    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Empty Re: Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite

    Mensagem por John Deckard Qui Jun 24, 2010 1:03 pm

    20.02.2010 - Noite.
    Bar - Café - #006
    things he says, things in his head.


    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Ta5uf6


    Estava pelo terceiro copo, o olhar fixo no espelho a frente. Ver o movimento do bar era interessante, todos os tipos circulavam por lá, menos o que eu procurava. Se o inferno realmente existia, eu tinha provado do seu cheiro hoje. Aquele maldito fedor estava impregnado em meu casaco favorito, em meus cabelos e minhas mãos, não importava o quanto as lavasse. Jimmy. Ele tinha família? Sabia de um filho, vez ou outra falava do garoto, mas eu não tinha certeza se ao menos o conhecia. Ao que parecia a mulher o havia deixado fazia um bom tempo.

    Eu preferia não saber muito sobre as pessoas com quem trabalhava, a informalidade é uma das regras para esse serviço. Ser impessoal e distante evita distrações, as pessoas são apenas ferramentas para conseguirmos o que queremos. No entanto, se sobrar qualquer humanidade em você, mesmo fazendo o que faz, vai se sentir um pouco chateado pela morte dolorosa que o pobre informante teve. Morte. Lidamos com ela a todo momento, me considero morto, então geralmente não penso muito nos riscos, o que vier é lucro, desde que eu leve comigo para o inferno um bom monte de merdas da noite. Se atenha aos fatos, Johnny. O velho estava fazendo um trabalho para você, seguia um certo vampiro e outras aberrações. Pensava girando o conteúdo do copo.

    – Pedro! – Chamei o barman conhecido. Ele me passava algumas informações sobre o lugar, provara ser de confiança, obviamente, até certo ponto. As informações tinham seu valor e este saía do meu bolso. – Alguém me procurou nos últimos dias? Algum suspeito pelo bar? Você sabe, o de sempre. – Perguntei um tanto impaciente. – Olha só, Deckard, as coisas aqui tão meio paradas. – O garoto falava baixo, enquanto limpava o balcão. Parecia temeroso e isso não era bom. – Meu chefe disse que não posso mais te falar as coisas, alguém veio aqui e conversou com ele, mas não sei quem foi. – Ele pareceu esperar alguma coisa. – Você não me disse nada, lembra? – Dei de ombros, tomando mais um gole.

    O celular vibrou em meu bolso interno. A lista de pessoas que poderiam me ligar não era grande, se resumia aos colegas de ofício, alguns poucos informantes e uma garota. Ao pensar nela me senti estúpido por ter dado meu número, por ter me dado o direito de falar com ela fora daqueles encontros casuais de noites paradas durante a semana. É fato que ela nunca tinha ligado, mas o risco ainda era alto, principalmente no momento, quando a ameaça tinha chegado à minha porta. Peguei o aparelho. Uma mensagem. O número era familiar. Maldito. Minha sobrancelha se arqueou involuntariamente ao ler a única palavra na tela. – Que maravilha, um desgraçado que tem senso de humor. – Deixei escapar pelos lábios minha indignação misturada a surpresa. Será que ele vai me torturar com piadas sem graça durante nosso encontro? Ó Deus, se você existe, me livra disso.

    Virei o que ainda tinha no copo. Ele estava perto. Nas entrelinhas a mensagem dizia que ele estava vindo me encontrar, ao menos era o que eu concluía. Tirei meu cantil e o enchi com o que ainda sobrara na garrafa que Pedro havia deixado, precisaria de combustível essa noite. Acendi um cigarro. O luto já era, o momento havia sido quebrado e a batalha seguia, mesmo quando soldados morrem os tiros não podem parar. Eu estava no território conhecido como 'terra de ninguém', mas ambos precisávamos nos comportar, nossa guerra era silenciosa para o mundo, apesar de sempre existir um filho da mãe que adora fama.

    Minha arma estava bem carregada, minha garrafa estava cheia de um bom scotch, minha cabeça pesada como uma barra de metal e o silk em minha boca chegava ao fim. - Vem pegar, fantasminha. - Disse esperando que a qualquer momento ele entrasse pela porta de madeira trabalhada do bar.

    Nota: Desculpa a demora, Bruna.
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    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Empty Re: Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite

    Mensagem por Zachary Herszman Dom Jun 27, 2010 4:27 am

    Bar Café | 26.03.32 | RP Fechada | Noite Zac01
    26.03.2032 - Noite.
    Bar-Café - #003

    Um sorriso se formava automaticamente ao imaginar as inúmeras possibilidades de reação de meu dedicado caçador. Tudo bem que eu seria tudo, menos imprudente com um descendente de Tobia. Na verdade eu já tivera minha parcela de avisos quanto à eficácia daquele grupo de incômodas criaturas, mas vamos confessar que a intenção era muito divertida.

    Quer dizer, não devia ter sido nada agradável encontrar um defunto semi-decomposto no meio da sala de estar, mas agora eram outros ares. E duvido que um caçador daqueles tivesse sentido algo pela perda daquele homem. Aqueles caçadores eram quase iguais a nós. Quase. É claro que nunca seriam fortes ou rápidos o bastante. Mas eram tão frios, ou quase tanto quanto, nós vampiros éramos. Por que vamos combinar que abdicar de uma vida boa, sem ligar para demônios como nós ou toda essa palhaçada acerca de "fazer o bem à humanidade" ou "caçar criaturas diabólicas o resto da vida", era uma incrível falta de tato com a própria essência humana, que era basicamente a de "não estou nem aí". Isto é um fato e, bem, eu já fui humano também.

    Mas esse definitivamente não era o caso. Ser humano era uma grande porcaria.

    E a voz do caçador se sobressaltou em meus ouvidos sobrenaturais, mesmo com o som que vinha do próprio estabelecimento. Meu sorriso se alargou.

    Guardei o celular no bolso de minha calça, avançando pela porta do Bar-café sem me importar inteiramente com o passo ousado que eu estava dando. Meus olhos correram imediatamente até o caçador, , que parecia já me aguardar depois de minha mensagem de entrada. Meu sorriso se alargou àquela reação. Ele parecia bastante calmo para o que acontecia, e não parecia nada irriquieto pelo fato de eu ter matado seu informante. É como eu dizia. Frio, quase como eu era...

    Haviam algumas pessoas em meu caminho, apenas humanos comuns, dos quais me desviei sem dar-lhes atenção. Mesmo às belas mulheres e seus suculentos pescoços que desviavam seus olhos à minha presença, mas... uma coisa de cada vez. Um novo sorriso em meu rosto, e eu estava diante do balcão, recostando-me com um dos cotovelos enquanto meus olhos mantinham-se fixos no rosto do caçador, enfim. Bom. Ter uma fisionomia para relacionar ao nome era muito mais eficaz.

    Eu estava a pelo menos dois bancos de distância de John, o caçador. Uma distância segura, para mim, para ele, para todos os que estavam naquela espelunca... ponto para todos. Meu rosto passou do sorriso debochado a um mais contido, mais observador. Enquanto isso, minha mão descia conscientemente até o bolso da calça, onde eu havia guardado o celular de meu falecido "amigo" Jimmy. Segurei o aparelho entre os dedos, levantando-o e balançando-o até constatar que John o havia visto. Só então o pus no balcão, empurrando-o para que deslizasse até as mãos do caçador.

    Enquanto isso, virei-me para o atendente do lugar, que tinha uma expressão muito curiosa em seu rosto. Meu sorriso tornou-se mais natural enquanto eu quebrava meu silêncio.

    - Por que não me traz uma bebida, hm? - ergui as sobrancelhas, comicamente inquisitivo - Vamos lá, me sugira algo e me traga imediatamente.

    Vi o atendente se afastar para então tornar os olhos a John.

    - Segunda parte da entrega, o celular. Esqueci de deixá-lo na primeira encomenda. - encolhi os ombros, teatralmente - Mas creio que nem você, e muito menos Jimmy, vai se importar com isso, não é?

    A expressão no homem me dizia que ele não dava a mínima em meter - ou pelo tentar - uma bala na minha testa naquele instante. Mas, por favor, acho que ainda havia uma lei de respeito aso cidadãos mesmo nestas circunstâncias, não é? Não era de fato minha intenção atacá-lo ali, não com toda aquela gente. Me livrar de todo mundo ia ser trabalhoso. Divertido. Mas ainda assim trabalhoso.

    - Bem, creio que dispensamos apresentações... - o atendente voltara com a bebida, e dei-lhe o valor correspondente sem dirigir-lhe os olhos.- Senhor John.

    O sorriso agora voltara a meu rosto, com total eficácia.

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